p { margin-bottom: 0.21cm; } O objetivo do presente artigo é discutir a concepção de Direito, Justiça e Estado no pensamento estoico greco-romano, demonstrando a atualidade do tema e suas conexões com problemas contemporâneos tratados pela Filosofia do Direito, tais como os da legitimidade do poder e do universalismo da ordem jurídica. Em um primeiro momento são apresentados e problematizados elementos centrais da filosofia estoica, tais como as noções de lei natural, liberdade interior, igualdade formal e universalismo. Em seguida, mediante (...) uma análise histórica e filosófica de caráter crítico-comparativo são apresentados os três principais projetos de república pensados pelos estoicos: 1) a república radical e igualitarista de Zenão (ap. 334 a.C. – 262 a.C.), na qual se nega a juridicidade, eis que o direito é entendido como construção artificial que impede a fruição da liberdade; 2) a república legalista de Cícero (106 a.C. – 43 a.C.), quando o direito natural é positivado para servir enquanto instância racional de auto-reflexão e de auto-fundamentação das normas jurídico positivas e, finalmente, 3) a “república” de Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.), na qual o direito inicialmente se deixa absorver pelo poder pessoal do Imperador Romano para, em um segundo momento, mostrar-se como elemento universal, preparando assim as bases para a futura concepção de direitos fundamentais própria da modernidade. (shrink)

Against the Epicureans who conceive the gods as indifferent to make them inaccessible to anger, the Stoics assert that the god is incapable of anger due to his very benevolence. However, doesn’t the Stoic god’s concern for man threaten his impassivity and expose him to feel anger and passions? In this paper, I address, in a theological context, the classic ethical problem of the compatibility between the integrity of the individual and his concern for others. Several hypotheses are examined. Is (...) divine benevolence merely a disposition to do good to human beings, devoid of any affection for them? If it is a feeling, is it an aspiration to the very exercise of the virtue of benevolence, rather than to the good of mankind in itself? Or could it be understood, in the context of the cosmic οἰκείωσις, as the god’s care for his own parts? Finally, should not we distinguish, in god’s philanthropy, between the φιλία he feels for the wise men and the ἔρως he feels for everyone else? (shrink)