Entre ética e ciência: necessidade e contingência na teoria da ação em Aristóteles

Journal of Ancient Philosophy 17 (2):71-89 (2023)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Este artigo investiga a possibilidade de questões morais possuírem a mesma natureza de ocorrências no mais das vezes (ὡς ἐπὶ τὸ πολύ) discutidas na Física, Metafísica e nos Analíticos, em contraste com as categorias de necessário sem mais e de acaso/acidente. Tal categoria (ὡς ἐπὶ τὸ πολύ) ora é aproximada daquilo que é necessário (necessidade sem mais), quando Aristóteles realça a exclusão do acaso/acidente da ciência, ora é afastada do necessário sem mais, quando busca especificar as diferenças entre essas categorias em termos das conclusões passíveis de serem obtidas em silogismos de ambos os tipos. O que parece é que as ações decorrentes de um caráter formado são ὡς ἐπὶ τὸ πολύ, podendo ser compreendidas no registro de um necessário hipotético, dado que o caráter é como uma “segunda natureza” do agente. Se tal hipótese for correta, ações decorrentes de um caráter formado não possuiriam estatuto de abertura aos contrários.

Analytics

Added to PP
2023-11-01

Downloads
73 (#90,639)

6 months
69 (#65,879)

Historical graph of downloads since first upload
This graph includes both downloads from PhilArchive and clicks on external links on PhilPapers.
How can I increase my downloads?