Kant's Unpublished Notes

Apresentamos aqui a tradução de uma pequena seleção das notas kantianas sobre ética. A maioria dos fragmento traduzidos é parte das chamadas Reflexões de Filosofia Moral publicadas no tomo XIX de Kants gesammelte Schriften, que se constituem, em sua maior parte, como as anotações de Kant (algumas em folhas soltas) na margem de um dos exemplares de referência para seus cursos de ética17, a Initia philosophiae practicae primae de Alexander Baumgarten, em sua edição de 1760. Acrescentamos à mesma seleção, no (...) entanto, algumas Reflexões presentes em outros volumes do Legado Manuscrito que, de alguma maneira, abordam os mesmos temas. As Reflexões foram dispostas em ordem numérica e separadas de acordo com seus respectivos assuntos. Considerando a diversidade dos temas comentados por Kant, de acordo com o manual, tais como obrigação, coerção, imputação, lei, justiça, punição etc, tentamos selecionar alguns tópicos que assumem uma função basilar dentro da teoria moral kantiana. Dessa forma, o primeiro grupo de Reflexões contém algumas notas que tratam com o problema da liberdade e da lei moral. O segundo é um compilado contendo comentários sobre o sentimento moral. O terceiro apresenta algumas reflexões esparsas sobre imputabilidade e o mal moral e o quarto grupo traz algumas notas comentadas sobre o problema do sumo bem, sendo, em alguns casos, apenas trechos de anotações maiores. As traduções foram realizadas diretamente a partir dos fragmentos originais, embora, em alguns casos, tenha sido feito o cotejamento com outras versões, dentre as quais cito a tradução para o espanhol, Reflexiones sobre Filosofia Moral, publicada por J. Herceg, a seleção de notas da Cambridge Edition intitulada Notes and Fragments e a tradução francesa de Luc Langlois, Réflexions Sur La Philosophie Morale. Com o objetivo de dar mais clareza aos apontamentos, facilitando a interpretação, optei por completar, em alguns casos, as sentenças de Kant nas quais certas palavras ficam subentendidas. Este complemento está apresentado entre colchetes. Para fins comparativos, todas as Reflexões traduzidas são acompanhadas por sua correspondente original nas notas de rodapé. Ciente de todas as dificuldades desse tipo de trabalho, desde já, deixo aberto à comunidade acadêmica o espaço para críticas, sugestões e correções. (shrink)

In this paper, I shed light on Kant’s notion of Erkenntnis or cognition by focusing on texts pertaining to Kant’s thoughts on logic. Although a passage from Kant’s Logik is widely referred to for understanding Kant’s conception of Erkenntnis, this work was not penned by Kant himself but rather compiled by Benjamin Jäsche. So, it is imperative to determine its fidelity to Kant’s thought. I compare the passage with other sources, including Reflexionen and students’ lecture notes. I argue that several (...) of the text’s peculiarities stem from Jäsche rather than Kant, but that nevertheless Jäsche largely got Kant's view right, with two major exceptions. First, Jäsche’s text fails to reproduce Kant’s key thesis that kennen and verstehen are jointly sufficient for Erkenntnis. Second, Jäsche’s text gives the false impression that Kant holds that animals have consciousness. (shrink)

Kant's response to scepticism in the Critique of Pure Reason is complex and remarkably nuanced, although it is rarely recognized as such. In this paper, I argue that recent attempts to flesh out the details of this response by Paul Guyer and Michael Forster do not go far enough. Although they are right to draw a distinction between Humean and Pyrrhonian scepticism and locate Kant's response to the latter in the Transcendental Dialectic, their accounts fail to capture two important aspects (...) of this response. The first is that Kant's response to Pyrrhonian scepticism is also a response to Hume. The second is that aspects of this response are decidedly positive. In particular, I argue (1) that Kant believed Hume's scepticism manifested important elements of Pyrrhonian scepticism and (2) that both Pyrrhonian scepticism and Hume had a significant positive influence on the development of the Transcendental Dialectic. (shrink)

According to Roman Ingarden, transcendental idealism prevented Kant from "even undertaking an attempt" at elucidating freedom "in terms of the causal structure of the world." I show that this claim requires qualification. In a remarkable series of Critical-period Reflexionen (5611-4, 5616-9), Kant sketches a defense of the possibility of freedom that differs radically from his published ones by incorporating an indeterministic account of the phenomena. Anticipating Łukasiewicz, he argues that universal causal determination is consistent with an open future: if an (...) action is contingent, there is an infinite regress of determining causes, yet there is a prior time at which this infinite series of causes has not yet commenced. However, he concedes that on this account the unity of experience "cannot fully obtain in the case of free beings." The fact that Kant even contemplated the indeterministic theory may carry implications for interpreting the argument of the Second Analogy. (shrink)